Dia de Aclimatação
A noite foi difícil: acordei várias vezes para beber água e vertê-la e tossir, tossir, tossir. Creio que até tive febre. Acordámos às 7:00 h, o pequeno almoço foi às oito.
Depois foi aquele apetrechar de botas, polainas, crampons, polares, fitas, luvas.
Só partimos eram 09:25h. A ideia era fazer um dia de aclimatação subindo aos 3.700 mt para depois descer. Começamos a subir lentamente, ziguezagueando por uma pendente acentuada.
Com algum esforço conseguimos chegar ao cume previsto – Tizi n’Ouagane (impronunciável!!!) - por volta do meio dia.
Desta altitude pudemos avistar o lago Infni e várias encostas em socalcos. Em nosso redor eram só cumes recortados de neve e pedras. “Depois do esforço, a montanha compensa-nos sempre” disse o André, inspirado por tanta beleza.
Depois veio o mais difícil: descer.
A descida é muito mais técnica. Os Crampons têm que ser enterrados com o calcanhar e o bico para cima e uma ligeira inclinação para trás. O centro de gravidade deve ser mantido baixo, obrigando a um trabalho acentuado dos joelhos.
Iniciei a descida com alguma dificuldade e o António assustou-se com um escorregão que teve. A pendente acentuada fazia com que à mais pequena distracção, se deslizasse sem mais parar. Quando a pendente melhorou tudo ficou mais fácil e chegámos ao abrigo por volta das 14:00h.
Tirámos os apetrechos.
O almoço foi à base de muitos vegetais e arroz. Muito bem enfeitado o prato de salada de atum e o arroz com canela.
Passámos o resto da tarde, lá fora a gozar o sol, como lagartos e a tirar fotos, e lá dentro, em redor do computador, a tentar enviar fotos para a Sandra poder alimentar o blog.
Após o jantar preparámos as coisas para o dia seguinte. Deitámos-nos cedo antecipando o dia seguinte: era o ataque à montanha, o nosso objectivo.
O que é que a montanha nos iria reservar?
NOTA: Fotos da Cacilda
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