domingo, 17 de abril de 2011

Para o rescaldo - por Ana Baleiras

Olá.

Tudo começou com sinais de bom pronúncio para uma expedição grandiosa:

- Começo de viagem estupidamente atribulado;
- Chegada ao refúgio com a recepção feita por um simpático cão;
- Início da grande subida com a visita de uma raposa;
- Regresso do cume brindado com queda de neve;
- Despedida do refúgio com nova presença do "Melga 2".

Só podia dar no que deu!

A dimensão de uma viagem vai sendo medida enquanto a vivemos; mas a chapada final é sempre o regresso!
A grandiosidade do que vivemos é proporcional à força com que, depois do acordar, fechamos novamente os olhos e desejamos não estar de volta.

Não tenho memória de uma manhã seguinte assim! Tão difícil tomar consciência que já passou...
Não sei se pela montanha, se pela companhia, se apenas pelo momento da vida, se por tudo isso!
Mas é certo que quaisquer palavras que use para descrever estes dias serão sempre poucas e injustas.

Mesmo as imagens, que dizem valer mais que mil palavras, temo que não conseguirão fazer assim tão bom trabalho!

A vivência é tudo!
Experimentar o turbilhão de emoções e a ausência de pensamentos é de uma brutalidade imensa!
A dureza da subida, seguida da recompensa daquela fantástica alameda, que nos brindava com o cume ao fundo... é algo que nos ficará cravado na memória para sempre.

Volto com o Jjbel Toubkal não no bolso, como alguém já disse, mas no coração.
Porque foi o primeiro...? Ou simplesmente... porque a montanha tem destas coisas.

E venha a próxima!

Ana

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